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ABAAE integra Comissão Portuguesa no VIII Congresso Lusófono de Educação Ambiental

A Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE) marcou presença no VIII Congresso de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, integrando a Comissão Portuguesa que participou no encontro realizado em Manaus, Brasil, entre os dias 21 e 25 de julho de 2025,  cujos principais objetivos foram fortalecer redes de cooperação em educação ambiental, partilhar boas práticas e promover o diálogo entre instituições, investigadores, educadores e agentes comunitários dos diferentes territórios de língua portuguesa.
Durante o evento, foram debatidos temas cruciais como as mudanças climáticas, justiça ambiental, participação cidadã e a articulação entre saberes locais e científicos.

Reunindo mais de 1600 participantes de dez países, o evento contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, além de representantes do Ambiente dos países integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Princípe, Guiné Bissau, Angola, Moçambique, Timor e ainda a Comunidade da Galiza e pela primeira vez, a Guiné Equatorial.

A ABAAE apresentou  os seus Programas  Eco-Escolas, EcoCampus e Jovens Repórteres para o Ambiente, e ainda alguns projetos como “O Mar Começa Aqui”, “Recreios com Vida”, “A Biodiversidade na Minha Escola”, “Hortas BIO” ou “Brigada #MarVivo” destacando o impacto das suas ações em escolas, municípios e comunidades. Participou ainda no Curso de Educação Ambiental ministrado pela Agência Portuguesa do Ambiente, tendo sido responsável pelo módulo de avaliação.
A participação da ABAAE reforçou o compromisso com a colaboração internacional e com a construção de uma educação ambiental crítica, transformadora e centrada na ação.

O Congresso terminou com a aprovação da Carta de Manaus – Grito da Amazônia por todos os povos do mundo, um documento coletivo, lido pela ativista indígena e porta-voz da Rede Sustentabilidade, Vanda Witoto, na qual os participantes reafirmaram a importância da educação ambiental como ferramenta essencial para enfrentar os desafios socioambientais nos países lusófonos. A Carta reafirma a educação ambiental como um “imperativo ético e civilizatório” e propõe ações concretas para os integrantes da CPLP face ao impacto da crise climática. Destacam-se como aspetos principais deste documento:

  • O Reconhecimento da Educação Ambiental como ação estratégica frente à emergência climática, justiça socioambiental, direitos da natureza e transição ecológica justa. É um imperativo civilizatório.

  • A Inclusão da Educação Ambiental nos acordos climáticos globais, como o Acordo de Paris e a COP 30, com pedido para que os ministros do Ambiente da CPLP defendam essa medida.

  • O Protagonismo das juventudes, garantindo escuta ativa, participação política e formação contínua. Foi, inclusive, elaborada a Carta das Juventudes Lusófonas pelo Meio Ambiente e Justiça Climática.

  • A Valorização das redes e centros de educação ambiental como pilares para implementação de políticas, conectando vida cotidiana, sistema educativo e sociedade civil

  • O Financiamento lento, descentralizado e justo como condição essencial: sem orçamento sustentável, não há Educação Ambiental efetiva. Propõem-se fundos públicos acessíveis e cooperação técnica financeira na CPLP.

  • A ação poética “Fios do Amanhã”, um bordado colaborativo que se tornou símbolo da vivência coletiva e afetiva do congresso.

 

 

Síntese dos Projetos ABAAE apresentados no Congresso